Perguntas Frequentes

O que é Joanete

Conhecida também como hálux valgo, é caracterizada como a deformidade angular que afeta o primeiro raio (grande dedo e pé). Acontece pela combinação de fatores pessoais (herança genética, doenças sistêmicas) e fatores ambientais (uso de salto e calçados com bico estreito).

Acomete na sua maioria mulheres acima dos 40 anos, também podendo ocorrer em mulheres jovens e homens. O (A) paciente procura o médico geralmente com queixa de dor na região medial do hálux e dificuldade para calçar sapatos. A piora da deformidade pode levar a outras queixas relacionadas à sobrecarga dos outros dedos ou regiões do pé.

O tratamento é baseado no perfil de cada paciente, podendo ser apenas adaptativo, ou, na grande maioria dos casos, cirúrgico com o objetivo de se corrigir o eixo e vetor de força do grande dedo.

O que é Neuroma de Morton?

O Neuroma de Morton não é, absolutamente, nenhum tumor ou câncer do sistema nervoso. Na verdade é tida como uma fibrose perineural, uma cicatriz em volta do nervo digital. Essa reação do corpo é secundária a uma sobrecarga nessa região do pé (antepé). O nervo sofre pequenas lesões e períodos de isquemia (falta de circulação) por conta de um excesso de demanda nessa região.

Esse aumento pode estar relacionado a uma mudança na pisada do paciente secundária a alguma doença no pé, a uma sobrecarga atlética (esportiva) e funcional (saltos) ou ao déficit de alongamento do membro inferior.

O diagnóstico de Neuroma é estabelecido através da combinação da queixa (dor, sensação de volume/estalido na região e choque nos dedos) com um bom exame físico que exclua outros diagnósticos e confirme o neuroma com testes específicos.

Muitas pessoas tem neuromas visíveis em exames de ressonância magnética, porém ou não apresentam queixas compatíveis com neuroma ou então não apresentam nenhuma queixa. Nesses casos, não existe o diagnóstico dessa doença nem a necessidade de tratamento.

O tratamento do Neuroma de Morton abrange a correção dos fatores que levam à sobrecarga na região e à ressecção cirúrgica (retirada) da lesão quando necessária.

Lesão Osteocondral do Tálus. O que é isso?

As lesões da cartilagem que recobrem a superfície do tálus (osso componente da articulação do tornozelo) também podem ser encontradas como fratura osteocondral ou osteocondrite dissecante. São lesões por impacção e destacamento desse tecido cartilagíneo.

Essas lesões geralmente são secundárias a traumas no tornozelo, sendo comum nas instabilidades crônicas do tornozelo (hábito de sofrer vários entorses), mas podendo ocorrer também após um único episódio de entorse ou em conjunção com alguma fratura da região. Alguns pacientes apresentam a lesão sem nenhuma história de trauma, o que condiz com a ocorrência de uma osteocondrite no local (doença do osso que sustenta a cartilagem, sem causa definida).

Pacientes que não apresentam queixa relacionada à lesão (dor, bloqueio, inchaço) não necessitam de tratamento habitualmente. Dependendo do grau da lesão e da ocorrência de condições associadas (instabilidade, deformidade) o paciente pode ser candidato a tratamento conservador ou cirúrgico.

O não cirúrgico engloba um período de imobilização e fisioterapia motora. A cirurgia engloba diversas técnicas que podem ser realizadas de modo aberto ou artroscópico (vídeo) e tem como objetivo estimular ou substituir um tecido cartilagíneo com baixo potencial de cicatrização biológica.

O que são as Lesões de Lisfranc?

Esse nome foi dado em homenagem a um cirurgião francês que durante a guerra Napoleônica descreveu as afecções dessa região do pé. Classicamente descrita como o conjunto de fraturas e luxações (perda completa da congruência entre os ossos) que acometem a região tarsometatársica (meio do pé), passou também a compreender nos últimos anos as lesões ligamentares desse local.

As fraturas são decorrentes de traumas de alta energia que provocam uma força de flexão ou extensão do pé sobre ele mesmo (antepé em relação ao mediopé). Secundárias a acidentes de trânsito ou quedas de objetos pesados no dorso do pé.

As lesões ligamentares são mais sutis e ocorrem em entorses do pé durante práticas esportivas ou após traumas domésticos. Essas se baseiam na lesão do ligamento de Lisfranc e de outros ligamentos dessa região.

O diagnostico geralmente é estabelecido através de um bom exame físico complementado por exames subsidiários (Rx, eventualmente Tomografia e Ressonância).

Na sua grande maioria são lesões instáveis e que requerem tratamento cirúrgico através da redução (colocação das fraturas e luxações nos seus devidos lugares) e estabilização por meio de placas, parafusos ou fitas de tecido sintético. As lesões estáveis (geralmente parciais) podem ser tratadas sem cirurgia com uma imobilização do pé sem carga (sem pisar) por um período.

Fraturas do Tornozelo

Utilizamos essa denominação para as fraturas que acometem a região distal (final) da tíbia (maléolo medial e maléolo posterior) e da fíbula (maléolo lateral). A combinação dessas lesões gera o nome de Bimaleolar ou Trimaleolar.

A fratura é uma quebra do tecido ósseo, responsável pela sustentação e mobilidade do corpo humano.

Geralmente secundárias a traumas torcionais no tornozelo de baixa e moderada energia, acometem desde pacientes jovens atletas até idosos sedentários. A combinação das fraturas com lesões ligamentares locais como a sindesmose tibiofibular (articulação final entre tíbia e fíbula) e o complexo ligamentar deltoide (na parte de dentro do tornozelo) podem causar instabilidade às fraturas do tornozelo.

O diagnostico é simples e realizado através de um exame físico bem realizado e de radiografias da região.

Fraturas não desviadas (fora do lugar) e estáveis são passíveis de tratamento conservador com imobilização e restrição de carga (pisar). O desvio da fratura e a instabilidade da mesma quando combinada com outras lesões locais (ósseas ou ligamentares) determina a abordagem cirúrgica das mesmas.

O objetivo é manter o tornozelo com sua biomecânica normal e evitar o aparecimento de consequências catastróficas no futuro (deformidade e artrose).

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